segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Relatório da aplicação do plano de aula: As transformações da moeda brasileira e...

RELATÓRIO DA APLICAÇÃO DO PLANO
Tito de Almeida Seixas Júnior
As transformações da moeda brasileira e suas relações sócio-econômicas
Este trabalho objetiva descrever a execução do plano de aula de história, cujo tema é: “Conhecendo as transformações da moeda brasileira e suas relações sócio-econômicas” que teria como objetivos estabelecer relações entre as transformações da moeda brasileira e as principais mudanças econômicas ocorridas nos últimos 20 anos e identificar algumas semelhanças econômicas do passado com a atualidade. O plano foi aplicado em duas aulas, cada uma de quatro horas para uma turma do 5º ano do Ensino Fundamental, na Escola do Engenho do Meio. Sua aplicação constituiu-se da seguinte maneira:
1ª aula: Iniciei a aula com uma roda de conversa, perguntando aos alunos sobre qual é a unidade monetária utilizada atualmente no Brasil? Se o nosso “dinheiro” sempre foi o que eles responderam, se eles conhecem outra(s) moeda(s) que existiu no Brasil? Qual ou quais foram essas unidades monetárias? Em qual época?
Após essa conversa inicial, na qual procurei verificar os conhecimentos prévios dos alunos (tentando sempre contextualizar), segui apresentando a turma cópias dos diferentes tipos de cédulas de unidades monetárias adotadas pelo Brasil desde os anos 80 até os dias atuais.
Durante essa exposição oral, utilizando cópias de cédulas verdadeiras, procurei informar as transformações econômicas ocorridas durante o período em que vigorou cada tipo de unidade monetária. Situando alguns planos econômicos aplacados pelos presidentes da época na economia brasileira.
No segundo momento, pedi que os alunos formassem grupos de quatro ou cinco pessoas e distribui para cada grupo cópias das cédulas das unidades monetárias da década de 80, 90 até os dias atuais. Apresentei também cópias das novas cédulas do Real que será lançada na economia brasileira no mês de junho do ano de 2011.
Após o manuseio inicial para verificar as características das cédulas, distribui para os grupos uma cópia de textos que relatam alguns acontecimentos econômicos nos últimos vinte anos. Eram textos de notícias de jornais que falavam de situações financeiras dos cidadãos brasileiros e da economia em geral.
De posse desses textos, os alunos foram informados que teriam que relacionar as notícias às cédulas, verificando se o período em que foi feita a notícia correspondiam a do período de circulação das cédulas. Após relacionar cédula e notícia, eles deveriam anotar as informações obtidas no caderno.
2ª aula: Na segunda aula o procedimento constituiu-se de um resgate do que foi abordado na aula anterior, reativando os conhecimentos com os textos de notícias e as cédulas de unidades monetárias.
Logo após, informei à turma que iríamos ao laboratório de informática para fazer uma pesquisa complementar sobre o assunto na internet e que para isso deveríamos escolher alguns tópicos, sobre o assunto, a serem pesquisados na internet. Foi escolhido o nome da moeda, o período em que ficou em uso, o presidente correspondente ao período desse uso.
O material pesquisado foi anotado no caderno pelos alunos e com base nas anotações iniciamos, ao voltar à sala, o segundo momento da aula. Foi pedido aos alunos que formassem os mesmos grupos da aula anterior e depois pedi para que eles relacionassem as novas informações, colhidas na pesquisa da internet, com as que eles já haviam feito por escrito na aula do dia anterior.
Depois solicitei que montassem um quadro relacionando às cédulas com os principais destaques nas notícias colhidas nos textos e com as informações colhidas na internet, observando as semelhanças e diferenças dos fatos ocorridos nas diferentes épocas.
Em seguida, foi solicitado a eles que informassem uma semelhança entre algum fato das décadas passadas com algo da nossa atualidade. Por fim, após a elaboração dos quadros descritivos, foi confeccionado um painel coletivo, em papel madeira, que ficou exposto na sala de aula.
Com base nos critérios de elaboração de aula abordados por Libâneo, no livro, Didática, deduzo que ao elaborar um plano de ação, o educador terá maior possibilidade de ter seus objetivos pedagógicos contemplados sabendo que, apesar de alguns contratempos, como por exemplo, alguns que aconteceram durante as minhas aula: indisciplina, dificuldade de interpretação de texto, falta de prática durante a pesquisa na internet e indisponibilidade de computadores para todos os alunos, essas situações de cheque colocam o professor em uma situação que requer dele uma habilidade de substituir situações didáticas para que os objetivos de sua aula tenham êxitos.
A preparação inicial dos alunos para a introdução da aula facilita a articulação dos conhecimentos empíricos com os científicos. Destaco o domínio de conteúdo que o professor deve ter para atender as indagações que surgem durante o processo de ensino aprendizagem, uma vez que os alunos, dependendo do assunto, são aguçados a procurar informações para satisfazer as suas dúvidas e curiosidades.
No entanto, o professor deve ter o cuidado de não se ater demais a sanar a curiosidade da turma, pois corre o risco de sair do foco da aula ou ultrapassar o tempo pedagógico, o que acarreta em prejuízo da aprendizagem já que a falta de tempo para se fazer o que se propôs a fazer acarreta numa dinâmica pouco produtiva para tal fim, ou seja, a aprendizagem.
Libâneo ressalta a “aplicação” como forma de garantir a transformação da teoria em prática e o “controle e avaliação dos resultados” meios de averiguar se os conhecimentos foram construídos pelos alunos durante o processo de ensino e aprendizagem.
Durante a execução das aulas percebi que o plano favoreceu a minha prática quanto ao ritmo e a sequência das ações, além de poder observar as reações do aluno durante todo o processo. Porém acredito que a minha falta de experiência em sala de aula tenha prejudicado em alguns momentos quanto ao domínio da turma, o que tornou necessário a intervenção da professora para que as atividades tivessem continuidade.

Modelos das novas cédulas do Real (R$).







sábado, 20 de novembro de 2010

As transformações da moeda brasileira e suas relações sócio-econômicas

Plano de aula
As transformações da moeda brasileira e suas relações sócio-econômicas
Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino
Componente Curricular
Tema
Ensino Fundamental Inicial
História
Conhecendo as transformações da moeda brasileira e suas relações sócio-econômicas.
Ensino Fundamental Inicial
Língua Portuguesa
Produção escrita.

Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Estabelecer relações entre as transformações da moeda brasileira e as principais mudanças econômicas ocorridas nos últimos 20 anos.
Identificar algumas semelhanças econômicas do passado com a atualidade.
Duração das atividades
Duas aulas de 4 horas cada.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
O educador deve levantar questões sobre:
Qual é a unidade monetária utilizada atualmente no Brasil?
Se o nosso “dinheiro” sempre foi a que eles disseram, se existiu outra ou outras? Caso a resposta seja sim, qual ou quais foram essas unidades monetárias?
Estratégias e recursos da aula
1ª aula
Primeiro momento – resgate dos conhecimentos prévios
Para iniciar a aula, pergunte aos alunos qual a moeda “dinheiro” que é usamos no Brasil. Conforme a resposta obtida, pergunte se sempre foi essa a moeda brasileira ou se existiu outra ou outras. A resposta sendo positiva, perguntar qual/quais foram essas moedas.
Após esse resgate inicial, dos conhecimentos dos alunos, o professor deve apresentar os diferentes tipos de cédulas de dinheiro que o Brasil adotou como unidade monetária.
Segundo momento – confronto com objeto de estudo
Depois o professor deve dividir a turma em quatro ou cinco grupos e distribuir para cada grupo um exemplar de cópias das cédulas utilizadas nos últimos vinte anos, no nosso país (ver modelo a seguir). Em seguida serão distribuídos textos que contem informações sobre as unidades monetárias e os eventos econômicos que ocorreram quando estas foram lançadas.
De posse das cédulas de dinheiro e dos textos os membros dos grupos deverão relacionar, conforme a leitura, as cédulas com a ocorrência econômica correspondente ao ano de seu lançamento.







2ª aula
Primeiro momento – pesquisa complementar na internet
O professor deverá combinar com a turma os tópicos a serem pesquisados na internet. Sugestão: nome da moeda; ano de lançamento; presidente da República da época; destaque econômico da época e outros que eles acharem importantes destacar para a turma.
O material pesquisado deverá ser anotado no caderno pelo aluno. Todo o material deverá ser levado para sala de aula.
Segundo momento – apresentando o conhecimento construído
De posse das informações pesquisadas, os grupos deverão relacionar as mudanças monetárias a fatos econômicos, encontrando semelhanças nesses fatos, nas diferentes épocas. Ao final eles devem construir um quadro informativo, destacando as semelhanças e diferenças dos fatos ocorridos nos períodos de uso das cédulas e destacando algum fato que se assemelhe com algo na nossa época. Esses quadros serão expostos um painel confeccionado com papel madeira e ficará exposto na sala de aula.
Recursos Complementares
Modelos de cédulas da década 80 a 2000 para cópia, papel oficio, cola, tesoura, caderno, lápis, borracha, laboratório de informática com computadores conectados a internet, impressora, papel madeira e marcadores de papel coloridos.
Avaliação
Através dos registros dos alunos, diagnosticar se construíram os conhecimentos propostos pela aula, relacionando as mudanças monetárias a fatos econômicos e encontrando semelhanças nesses fatos nas diferentes épocas.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Luz, câmera... montando a nossa própria história de vida.

Luz, câmera... montando a nossa própria história de vida.

Autor e Co-autor(es)

Tito de Almeida Seixas Júnior imagem do usuário
RECIFE - PE

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de EnsinoComponente CurricularTema
Ensino Fundamental InicialHistóriaOrganização histórica e temporal
Ensino Fundamental InicialHistóriaTempo da duração

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula
Geral: Comparar acontecimentos no tempo, tendo como referência anterioridade, posteridade e simultaneidade, usando para isso o recurso da filmagem criada pelos próprios alunos.
Específicos:
Identificar coisas que tiveram ou tenham ligação com o seu cotidiano, com sua historicidade;
Observar a importância do recurso filme na vida de cada aluno;
Explorar o potencial educativo do filme e as suas exposições na disciplina de história.
Duração das atividades
duas aulas de 60 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
O professor perguntará quais alunos já fizeram alguma filmagem antes; se eles sabem o que é um curta metragem; o que eles sabem diferenciar entre oum curta e um longa; quantos tem algum equipamento que ofereça o recurso de filmar.
Estratégias e recursos da aula
1ª aula:
  1. Nesse primeiro momento, iremos iniciar debatendo em sala de aula a importância que o filme, o cinema, tem para história da humanidade, para que a geração deles assim como as próximas possam ver e entender de que forma aconteceu a evolução de “coisas”;
  2. O professor mostrará, agora, que todos devem criar um pequeno roteiro, mostrando que esse fato facilitará a filmagem do curta. Todos teriam que elaborar previamente um roteiro para a filmagem;
  3. Propor que cada um crie um pequeno filme (no intervalo entre 02 até, no máximo, 03 minutos) sobre a sua história. Cabe ao professor explicar e contextualizar a importância daquele curta metragem (documentário). Esse é o primeiro passo da filmagem. Ainda nesse primeiro momento o professor fará um trabalho de sondagem para saber quantos alunos têm algum equipamento que possibilite a utilização desse recurso, propondo que em último caso façam o trabalho em dupla.
  4. Pedir que eles elaborem um registro do que lhes está sendo solicitado. O material da filmagem deverá ser trazido para a próxima aula, para a análise do professor.
  5. Pedir para que eles pensem e tragam as suas sugestões para o título do filme (longa) e que, da mesma forma, intitulem o seu curta.
2ª aula:
  1. No segundo momento o professor irá analisar os curtas de cada aluno, fazendo as devidas analises e discutindo o resultado no grande grupo, apontando para os acertos de cada um, de acordo com a filmagem das observações dos alunos.
  2. O professor deve apontar as mudanças sócio-históricas que ocorreram desde os seus primeiros dias de vida. Questionar sobre os benefícios e se houve mudanças negativas, sempre contextualizando. 3. Montar (editado por eles) o filme – documentário. Deverá seguir a ordem alfabética da caderneta. Iremos construir um longa, juntando todos os curtas. O professor irá editar o filme em sala e colocar todos os créditos junto com os alunos, ensinando-lhes como é feito esse processo;
  3. Por fim, o professor fará o fechamento das atividades. Logo após a edição pronta, fará cópia para todos os atores/produtores mirins e fará uma exibição no pátio da escola, que será aberta a toda a comunidade.
Recursos Complementares
Um Compuador e um data show para a edição e mostra do filme.
Avaliação
Será feita através do desempenho de cada aluno na compreensão da tarefa e durante a realização da edição (observando a participação de cada um e conjunta). Observar o entendimento deles com relação as mudanças cotidianas que ocorreram em diferentes épocas.

domingo, 26 de setembro de 2010

Plano de aula história

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA II
PROF. RICARDO PACHECO
Aluno: TITO DE ALMEIDA SEIXAS JÚNIOR

PLANO DE AULA BASEADO NO PCN HISTÓRIA - 2º CICLO

Cinema em sala de aula (imagem)
Segundo os objetivos do PCN para o segundo ciclo e as discussões em sala, embasado no texto de “como usar o cinema em sala de aula”, de Napolitano[1], elaboramos um plano de aula, na tentativa de atingir sucesso, de acordo com a metodologia do uso da imagem em sala de aula. Lembrando que: quando se trabalha com filme, “não pode impor o seu gosto cinematográfico”.
Objetivo Geral:
·        Comparar acontecimentos no tempo, tendo como referência anterioridade, posteridade e simultaneidade, usando para isso o recurso da filmagem criada pelos próprios alunos;

Tema da aula: Luz, câmera... Vamos remontar a nossa própria trajetória de vida.
Turma: 5º ano do 2º Ciclo.
Tempo estimado: 03 (três) aulas.
Objetivos específicos:
ü      Identificar coisas que tiveram ou tenham ligação com o seu cotidiano, com sua historicidade;
ü      Compreender que o homem pode alterar os objetos que utiliza, de acordo com suas necessidades e ao longo do tempo;
ü      Refletir a respeito da importância da ação humana na transformação dessas peças;
ü      Explorar o potencial educativo do filme e as suas exposições na disciplina de história.
Conteúdo:
ü      Observação da importância dos objetos e do recurso filme na vida de cada aluno;
ü      Perceber as modificações desses objetos, com relação ao tempo.

Procedimentos:
1ª aula – Como esse plano de aula foi elaborado, pensado, para ser concluído em três aulas. Nesse primeiro momento, iremos iniciar debatendo em sala de aula a importância que o filme, o cinema, tem para história da humanidade, para que a geração deles assim como as próximas possam ver e entender de que forma aconteceu a evolução de “coisas” e propondo que cada um crie um pequeno filme (no intervalo entre 01 até, no máximo, 02 minutos) sobre a sua história. Cabe ao professor explicar e contextualizar a importância daquele curta metragem (documentário). Ainda nesse primeiro momento o professor fará um trabalho de sondagem para saber quantos alunos têm algum equipamento que possibilite a utilização desse recurso, propondo que em último caso façam o trabalho em dupla. Esse material deverá ser trazido para a próxima aula, para a análise do professor e que, se preciso for, refazerem a filmagem com as devidas orientações pedagógicas. Ao fim desse trabalho, iremos construir um filme, juntando todos os curtas em um longa. O professor irá editar o filme em sala e colocar todos os créditos junto com os alunos, ensinando-lhes como é feito esse processo (isso na última aula).

2ª aula - No segundo momento o professor irá analisar os curtas de cada aluno, fazendo as devidas correções e discutir o resultado no grande grupo, apontando para os acertos de cada um, de acordo com a filmagem das observações dos alunos. O professor mostrará, agora, que todos devem criar um pequeno roteiro, mostrando que esse facilitará a filmagem do curta. Todos teriam um roteiro previamente estabelecido. Esse é o primeiro passo da filmagem. Em seguida, pedir que eles elaborem um registro do que lhes está sendo solicitado. Deve avisar que montado (editado por eles) um filme – documentário. Pedir para que eles pensem e tragam as suas sugestões para o título do filme (longa) e que, da mesma forma, intitulem o seu curta. Esse trabalho será cobrado na próxima aula. Apontar as mudanças sócio-históricas que ocorreram desde os seus primeiros dias de vida. Questionar sobre os benefícios e se houve mudanças negativas, sempre contextualizando.
3ª aula – Por fim, na terceira aula, o professor fará o fechamento das atividades. Ele fará uma pequena retomada do que foi visto na aulas anteriores, podendo fazer uso de algum material visual para isso. Logo após a edição pronta, fará cópia para todos os atores/produtores mirins e fará uma exibição no pátio da escola, que será aberta a toda a comunidade.
Avaliação
Essa parte é de suma importância para sondarmos no produto final (longa metragem, com duração de no máximo 40 minutos) se houve, nesse processo, a significação, ou seja, se o aluno criou um significado desse curta para si.


[1] Marcos Francisco Napolitano de Eugenio. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2. Doutor (1999) e mestre (1994) em História Social pela Universidade de São Paulo, onde também graduou-se em História (1985). Foi professor no Departamento de História da Universidade Federal do Paraná (Curitiba), entre 1994 e 2004 e, desde então, é professor de História do Brasil Independente na USP. Atualmente é docente-orientador no Programa de História Social da USP e professor visitante do Instituto de Altos Estudos da América Latina (IHEAL) da Universidade de Paris III e do Programa de História da UFPR. É assessor ad-hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e do CNPq. Especialista no período do Brasil Republicano, com ênfase no regime militar e na área de história da cultura, com ênfase nas relações entre música popular e política. Também possui experiência na área de história e cinema e no uso do audiovisual no ensino.